Confesso que D. Dilma está me surpreendendo positivamente. O que é mais surpreendente! Três meses de governo, tudo relativamente calmo na capital, nenhum grande escândalo - nada além dos normais, propinazinha aqui, superfaturamento ali - mas nada no nível de mensalões e similares a que estamos acostumados. Passou bem por algumas ¨aprovações¨em Brasília, salário mínimo e guarda roupa, pela catástrofe do Rio de Janeiro. Comandou a dança das cadeiras dos cargos, sem grandes tombos, incêndios e baixarias comuns na imprensa.
Depois de oito anos movimentados a gente até estranha este jeito reservado, em contraste ao falastrão, seu Lula. Sem piadas ou frase de efeito (ou defeito). Tá certo que não dá pra imaginar a D. Dilma com a camiseta do Timão ou batendo uma bola comm o Ronaldinho Gaúcho, ou o gorducho.......Mas a coisa está muito tranquila. Antes dos furacões também é assim. E sabe como é: desempenho de juiz de futebol, goleiro e político não dá pra elogiar, antes de terminar o tempo.
O Primeiro teste internacional de D.Dilma foi a vinda do Obama ao Brasil, e saiu-se muito bem! Até a pouco o Obama dizia que o Lula era " O Cara", depois trocaram de mal. Não faz muito tempo, os recém empossados presidentes das americas é que tinham que ir beijar a mão do padrinho nos "isteites" mas nada como uma hipotecas fajutas e uma boa crise mundial para fazer com que o Obama saia de sua "Casinha Branca" e tenha que vir fazer média na favela. De pires e talão de pedidos na mão e aquele sorriso Kolynos na cara-de-pau, desembarcou no Brasil, cheio de rapapés e salamaleques. E foi aí que eu gostei da postura de D.Dilma, que já mandou uma letra: "Escuta aí, o negão. Valeu as tuas palavras, mas, amigos amigos, negócios à parte! Você quer que a gente compre seus produtos, mas impõem um monte de barreiras pros da gente. E aí Obama? Como é que fica? Depois de uma política externa pífia no governo passado, parece que teremos uma postura mais firme agora, afinal, não dá pra ficar vendo o Obama e achar o maior Barack!
Edmar Lucena Silva
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