Entre janeiro e julho, foram 3.867
hospitalizações, sete vezes mais do que a taxa em homens
A obesidade leva sete vezes mais mulheres ao hospital do que homens.
Entre janeiro e julho deste ano, 3.867 pacientes do sexo feminino foram
internadas no País por causa de problemas acarretados pelos quilos em excesso
contra 545 registros entre eles.
O levantamento, feito pelo iG no banco de dados
virtual do Ministério da Saúde (Datasus), mostra que a doença está em ascensão.
Em comparação com o mesmo período de 2010, há um aumento de 18,2% das
hospitalizações de obesas (3.269), mais suscetíveis a problemas cardíacos, acidente vascular cerebral, diabetes e também transtornos psíquicos.
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Para a presidente da Associação Brasileira de Estudo da Obesidade
(Abeso), Cláudia Cozer, algumas características femininas fazem o peso em
desacordo com a altura ser mais grave nelas. “Muitas mulheres são mais
sedentárias do que os homens. Elas permanecem mais tempo em casa o que facilita
o acesso a comida”, pontua a médica.
“O metabolismo feminino também difere do masculino e faz o gasto
calórico diário delas ser menor. Outra característica é que as oscilações
hormonais, típicas do período pré-menstrual favorecem a ocorrência de quadros
compulsivos”, complementa a presidente da Abeso.
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Para Vera Kogler, pesquisadora do grupo de obesidade do Hospital das
Clínicas de São Paulo, a mulher também é mais cobrada por estar acima do peso e
sofre mais pressão – o que pode culminar em um ciclo difícil de romper,
formado por tristeza, compulsão e comida.
“Mas também por ser mais cobrada, a mulher procura ajuda médica para
obesidade em uma fase mais precoce do que o homem, talvez uma outra hipótese
para elas serem mais numerosas nas estatísticas”, avalia Vera.
“Os homens quando chegam até nós estão ainda mais gordos e com mais
danos na saúde bucal e cardíaca.”
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emagreceu para virar obeso
Este conjunto de fatores também faz com que as mulheres sejam mais numerosas entre os pacientes que
são submetidos às cirurgias de redução do estômago, conforme apontou
a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, e também mais suscetíveis a
outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. Na escala inversa, já calculou o
Ambulatório especializado da Universidade de São Paulo, a proporção é de 10
mulheres anorexas ou bulímicas para cada homem.
Estratégia
Para sair das estatísticas da obesidade, os especialistas recomendam
alimentação adequada, exercícios físicos e também acompanhamento psicológico em
casos mais extremos. A seguir, confirma a história de 4 mulheres que
conseguiram reverter a obesidade:
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