quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pneu Descalibrado ou Calibrado de forma incorreta - Matéria Coluna Porta-Luvas edição 111

                                                Pneu descalibrado faz carro gastar até 25% mais


        É no percurso urbano que a baixa pressão dos pneus tem um efeito mais nocivo ao consumo de combustível. Nas rodovias, onde a velocidade é maior, o arrasto aerodinâmico (resistência ao ar) acaba sendo mais decisivo para o gasto de energia do que o atrito com o asfalto.
        Dessa forma, a combinação de baixa pressão dos pneus com um trajeto sinuoso, de piso ruim e em um horário de congestionamento pode representar até um quarto do combustível consumido pelo motor. É que, apesar de o veículo se deslocar lentamente, a resistência ao rolamento e a maior energia gasta para recolocar o carro em movimento constantemente no para-e-anda acaba fazendo com que as câmaras de combustão exijam uma quantidade maior do líquido contido no reservatório.
        Paralelamente, em situações de trânsito livre, o comportamento ao volante também pode ser um vilão para o próprio bolso. Atitudes como esticar as marchas, acelerar até dez metros antes do sinal vermelho para depois frear bruscamente, ou manter o carro parado em ladeiras com auxílio da embreagem enquanto mantém o acelerador pressionado são apenas alguns vícios que não só elevam o consumo de combustível, especialmente se agravadas pela negligência com o pressão dos pneus, como também provocam o desgaste prematuro de componentes da transmissão e dos freios.
       Para se ter uma idéia de quanto pode custar o desperdício provocado pela baixa pressão dos pneus, vamos fazer uma conta simples, tomando como exemplo um motorista que rode 50 km por dia para ir e voltar do trabalho e que possua um veículo que, em condições normais, tenha um consumo médio de 8 km/l de gasolina.
       Enquanto, normalmente, o consumo diário seria de 6,25 litros, no pior dos cenários esse índice seria elevado para 7,81 litros; ou seja, um desperdício cotidiano de 1,56 litro. Multiplicando pela quantidade de dias úteis no mês (22), e novamente pela quantidade de meses no ano, chegaríamos a 411,84 litros anuais. Considerando o preço médio do litro da gasolina de R$ 2,59, teríamos um prejuízo de R$ 1.066,66 ao ano. Sem dúvida, uma quantia considerável, mas que pouca gente se dá conta.
Calibre corretamente
       Para evitar esse ralo no orçamento doméstico e contribuir para um ar mais limpo e respirável, tenha como hábito conferir a calibragem semanalmente, o que pode ser feito, inclusive, enquanto se abastece o tanque. A verificação deve ser feita com os pneus frios, o que significa não rodar mais do que 1 km. Caso tiver de fazê-la com o pneu já aquecido – o que implica no aumento da pressão interna - adicione 4 libras (psi) à indicada pelo fabricante, verificando novamente a calibragem assim que possível, quando o pneu estiver frio.

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