terça-feira, 7 de junho de 2011

Editorial edição 107 - Junho de 2011 - Dia dos Namorados

          Para quem acompanha online, segue editorial deste mês:

     A tormenta maior em Brasília nos últimos dias, é sobre os rendimentos do ministro Antonio Palocci; abafando mesmo os temores da volta da inflação. O que não tem se discutido, é que o rendimento - não só do ministro, mas de todos os brasileiros, em principal os com Carteira Assinada - é um dos fatores mais importantes para o aumento dos índices inflacionários.
   O governo, como sempre tem procurado a via mais fácil para ele, visando o controle: o aumento dos juros e a redução do consumo.
   Essa miopia tende a, mais uma vez, nos fazer perder o twitter da história.
   Não é que nossa massa de trabalhadores não mereça ganhar mais, muito menos deixar de ter acesso as comodidades e tecnologias que um padrão melhor pode trazer.  As classes menos favorecidas - incluindo a nossa média - passou a sentir o gosto do progresso e do conforto que lhe foi privado por séculos.
   Os salários pressionam a inflação, porque o país quer crescer e não há mão de obra (principalmente a qualificada) disponível e, pelas leis do mercado, querem ser valorizadas. E porquê isto acontece? Porque
nosso ensino, desde os primeiros e fundamentais anos, é ridículo.

   Essa massa, ávida por consumo, é que torna o nosso mercado interno forte, menos dependente das tsunames externas. É a garantia do futuro da nossa e das vindouras gerações. O necessário é desonerar o salário, dar educação e formação ao nosso povo, fortalecer o consumo e o conhecimento, deixar que as empresas e os profissionais trabalhem em paz. O país precisa crescer, pra isso precisa de crédito, que é o que eles não tem.

Edmar de Lucena e Silva




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